SOBRE A GUERRA NA UCRÂNIA: Veja tudo o que se sabe sobre a guerra da Rússia e Ucrânia

Presidente russo anunciou uma 'operação militar especial' no leste da Ucrânia nesta quinta
Paloma Xavier
Publicado em 24/02/2022 às 17:46
Caminhão de carga militar é retratado no centro de Kiev na manhã desta quinta-feira (24) Foto: Daniel LEAL / AFP


O presidente russo Vladimir Putin anunciou, na manhã desta quinta-feira (horário local), uma "operação militar especial" no leste da Ucrânia. A justificativa do líder da Rússia foi de que o “confronto com essas forças [ucranianas] é inevitável.”

A tensão entre os países se acentuou recentemente porque a Rússia discorda de uma eventual adesão da Ucrânia à  - aliança militar criada para fazer frente à extinta União Soviética (URSS).

Putin acredita que a Otan é uma ameaça à segurança da Rússia pela expansão na região, que está cada vez mais próxima do território russo. O presidente quer que a Ucrânia declare formalmente que nunca vai se filiar à aliança.

Ataques

Depois do anúncio de Putin sobre a operação, foram relatadas explosões em Kiev, capital ucraniana, em Kharkiv, Maripuol, Odessa e em Kramatorsk. A Ucrânia está sendo atacada por terra, mar e ar.

Além dos ataques russos, separatistas no leste da Ucrânia estão tomando controle de territórios. Segundo a polícia ucraniana, foram contabilizados mais de 200 ataques dentro do território.

Ao menos 74 instalações militares ucranianas teriam sido atacadas pelos russos, de acordo com agências de notícias. Um aeroporto militar próximo à capital ucraniana Kiev foi tomado por forças russas, segundo o governo local.

O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky decretou mobilização geral no país por causa do movimento russo. Além disso, houve convocação de cidadãos para o conflito.

O governo ucraniano afirma que derrubou veículos do exército russo no leste do país. "Cinco aviões e um helicóptero do agressor foram derrubados", relatou o Estado-Maior do exército ucraniano em um comunicado.

A Ucrânia declarou que rompeu relações diplomáticas com a Rússia e adotou a lei marcial - substituição das autoridades e leis de uma nação por leis militares - no país.

Quanto às baixas, o governo ucraniano afirma que pelo menos "50 ocupantes russos" foram mortos na região separatista de Lugansk nas primeiras horas da invasão.

Ainda segundo o governo ucraniano, ao menos 64 civis e militares morreram após o avanço da Rússia. Também foi relatada a morte de uma criança após um ataque a um prédio em Chuhuiv e de quatro pessoas depois de um ataque em um hospital na região de Donetsk.

Tentativa de fuga

Depois do anúncio de Putin, ucranianos começaram a deixar a capital Kiev. A cidade emitiu um sinal de alerta para ataque aéreo pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial.

Foi registrada uma grande movimentação em estradas no sentido das fronteiras ucranianas com a Polônia, a Eslováquia, a Hungria e a Romênia.

Diante do cenário, a União Europeia anunciou que aceitará um número ilimitado de refugiados ucranianos.

Espaço aéreo fechado

A Ucrânia decidiu fechar seu espaço aéreo à aviação civil "devido ao alto risco para a segurança", informou o Ministério da Infraestrutura local.

Foram cancelados voos no aeroporto da cidade russa de Rostov, perto da fronteira ucraniana. Outros países vizinhos também fecharam o seu espaço aéreo.

Invasão em Chernobyl

No início da tarde desta quinta-feira, o governo ucraniano notificou que militares russos tomaram a usina nuclear de Chernobyl. A usina foi cenário de um dos piores acidentes nucleares do mundo e está desativada, mas ainda possui resíduos tóxicos. A Ucrânia acusa a Rússia de planejar uma nova catástrofe biológica.

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