A Corregedoria Geral do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) encontrou indícios de irregularidades em processos que estavam sob a responsabilidade do promotor Marcellus Ugiette. Foram identificados prazos extrapolados e alguns processos que não foram registrados no sistema eletrônico, onde é possível a consulta pública de qualquer caso que tramita no MP.
O relatório também pontuou ter possível omissão do promotor em responder às solicitações da corregedoria e que esse comportamento já foi objeto de outras investigações.
Entre os casos que mais chamam a atenção, está o processo criminal relacionado a um homicídio duplamente qualificado, que estava na promotoria desde 31 de maio de 1999. Após 19 anos, a documentação sequer foi devolvida à vara competente para que um juiz competente desse andamento ao caso. Ugiette foi afastado das funções, no início do mês, por suspeita de corrupção passiva.
O gabinete e a residência do promotor foram alvos de mandado de busca e apreensão quando foi deflagrada a operação Ponto Cego para desarticular uma quadrilha suspeita de estelionato, corrupção ativa, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
O Ministério Público de Pernambuco informou que não vai se posicionar sobre o caso tendo em vista que os procedimentos são sigilosos.
A reportagem também buscou posição do promotor Marcellus Ugiette e do advogado dele, Emerson Leônidas, mas eles não quiseram se pronunciar.
Na próxima quarta-feira (15), o promotor Marcellus Ugiette vai prestar um novo depoimento à Corregedoria do Ministério Público.
O promotor de justiça Marcellus Ugiette, que está afastado por 60 dias da Vara de Execuções Penais, virou alvo de uma investigação da Polícia Civil, deflagrada na sexta-feira (3). A suspeita é de que o promotor tenha praticado crime de corrupção passiva.
O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco, Ricardo Lapenda, explicou que a organização criminosa de estelionatários que o promotor Marcellus Ugiette faria parte tinha atuação dentro e fora dos presídios. A quadrilha estava atuando a mando dos reeducandos e, segundo a investigação, o promotor beneficiava alguns presos.
O ministério público deu um prazo até o próximo dia 31 de agosto para concluir a análise dos processos que estavam sob a responsabilidade dele.
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