A greve dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus foi confirmada pela categoria para a próxima terça-feira, dia 22 de dezembro, a partir da 0h. Os rodoviários tinham aprovado a greve de ônibus por unanimidade durante votação realizada na manhã desta quarta-feira (16), e na segunda rodada da assembleia da categoria, à tarde, validaram a decisão. O movimento começará à 0h da terça, às vésperas do Natal, e seguirá por tempo indeterminado.
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O presidente do Sindicato dos Rodoviários de Pernambuco, Aldo Lima, disse que a categoria não teve outra alternativa. “Essa greve foi motivada pelo descumprimento dos empresários de um acordo que foi mediado, no último dia 23 de novembro, pela presidente do Tribunal Regional do Trabalho (...) Os empresários descumpriram todo o acordo, e a categoria não teve outra alternativa a não ser a deflagração da greve”, afirmou.
Justiça
Aldo Lima ainda afirma que a categoria espera por justiça, já que os empresários descumpriram todos os acordos estabelecidos. “Que justiça seja feita, porque eles se sentem impunes a tudo. Cometem todo tipo de equívoco. Eles não cumprem leia alguma. Infelizmente, quando esses fatos ocorrem, não há outra alternativa para o trabalhador a não ser o movimento paredista”, criticou.
O que havia sido acordado
No dia 23 de novembro, às vésperas do segundo turno das eleições municipais, com mediação da Justiça do Trabalho e após mais de 2,5 horas de reunião com empresários, os rodoviários descartaram a greve de ônibus que estava programada para o dia 24 de novembro, na Região Metropolitana do Recife.
No encontro, motoristas e cobradores conseguiram a garantia formal do governo de Pernambuco de que a Lei Municipal do Recife 18.761/2020, que proíbe motoristas de acumularem a função de cobrador nos ônibus da capital pernambucana, aprovada e sancionada pelo prefeito Geraldo Julio no fim de outubro. A categoria também conseguiu um reajuste pelo índice acumulado do INPC de 2,69% e uma estabilidade de emprego por seis meses.
Todos os acordos estabelecidos foram descumpridos pelos empresários.