Caso Suzane Von Richthofen

Suzane von Richthofen começa a ter aulas presenciais em faculdade; entenda operação para que ela possa sair da cadeia diariamente

Aulas de Suzane von Richthofen no curto de Biomedicina começaram na noite dessa quarta-feira (29)

Gabriel dos Santos Araujo Dias
Gabriel dos Santos Araujo Dias
Publicado em 30/09/2021 às 9:04
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Suzane von Richthofen começa a escrever um novo capítulo em sua própria história. Agora, a mulher de 37 anos, condenada desde 2006 por mandar matar os pais em São Paulo começou uma nova faculdade. O curso escolhido é o de Biomedicina, e a Justiça autorizou a detenta a sair diariamente da cadeia para frequentar as aulas. Entenda como será a nova rotina de Suzane:

O primeiro dia de aulas aconteceu na quarta-feira (29). Suzane está presa no presídio de Tremembé, no interior de São Paulo, ao lado de outras criminosas famosas como Elize Matsunaga, assassina do diretor da Yoki Marcos Matsunaga, e de Ana carolina Jatobá que, ao lado de Alexandre Nardoni, matou a menina Isabella Nardoni.

De acordo com a Justiça, Suzane fica autorizada a sair diariamente do presídio a partir das 17h e deve retornar até, no máximo, às 23h55. Para sair do presídio, ela precisa vestir uma tornozeleira eletrônica, que monitora todo o percurso e localização da detenta. A universidade fica na cidade de Taubaté, vizinha à Tremembé. O percurso de carro dura cerca de 20 minutos.

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Locomoção

Na quarta-feira (29), para o primeiro dia de aulas, Suzane foi até a faculdade em um carro de aplicativos, de acordo com o G1. Ela estava acompanhada por uma advogada. Não está claro, no entanto, se ela usará o aplicativo diariamente e como fará para chamar o carro, uma vez que, dentro do presídio, ela não pode, ao menos oficialmente, portar aparelho telefônico.

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Educação de Suzane von Richthofen

Suzane cresceu em uma família de classe média alta. Filha de pai alemão, ela fala três idiomas fluentemente. Na época do crime, era estudante de Direito da Pontifícia Universidade Católica (PUC). Como retratado nos filme "A menina que matou os pais" e "O menino que matou meus pais", lançados recentemente, os estudos dela foram motivo de briga familiar. Isso porque o pai, Manfred, queria que ela passasse em Direito na Universidade de São Paulo.

Caso Suzane von Richthofen

Suzane von Richthofen, Andréas, Marísia e Manfred
Suzane von Richthofen, Andréas, Marísia e Manfred
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O caso de Suzane von Richthofen ganhou repercussão nacional em 2002. Ela confessou que mandou o então namorado, Daniel Cravinhos, e o irmão dele, Cristian, matar os pais dela, o engenheiro Manfred e a médica Marísia. O crime premeditado chocou toda a sociedade. Na madrugada de 31 de outubro daquele ano, os trÊs entraram na mansão da família e, acobertados por Suzane, os irmãos desferiram golpes de barras de ferro contra as vítimas.

A história do crime voltou a ser lembrado recentemente após a Amazon Prime Video lançar dois filmes sobre os assassinatos. Em "A menina que matou os pais" e " O menino que matou meus pais", o público entende, respectivamente, as versões de Daniel e de Suzane para a motivação dos crimes. Um coloca a culpa no outro, mas, na vida real, o júri popular entendeu que os dois tramaram juntos o crime para viver uma vida de luxo e conforto sem as pressões impostas pelos pais da mulher.